Translate

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Singapura

Cidade e País!! Mais pequeno que Nova Iorque e bem menor que as metrópoles de Londres ou São Paulo, no entanto, tem um pouco de tudo e quase de todos..

A maioria são chineses, mas também existe grande influência Indiana, Malaia e um pouco de todo o lado, recorda-me África do Sul, o misto , todas as religiões, várias línguas, no entanto em menor dimensão... e com reduzida influência Africana....

No século XVIX, Raffles chegou a Singapura, Inglês e organizado com indicações para construir um entreposto para Londres. Criou diversos bairros, onde alojou as várias nacionalidades, volvidos quase 200 anos os bairros continuam a existir e as mesmas comunidades que neles habitam!!


À semelhança da África do Sul, aqui também não se sente uma cultura, uma nação, mas sim bastantes pessoas que mantêm o laço à cultura dos seus antepassados, portanto aqui são de outro lado, outro lado esse, ao qual também já não pertencem, nem se identificam...

No entanto, existiu um visionário (Lee Kuan Yew), um líder que após o desfecho infeliz de ver Singapura renegada pela Malásia, conseguiu construir uma potência tremenda, um centro da Ásia, um dos maiores PIB/Capita do mundo, onde apesar de pouco espaço físico disponível conseguiu criar as infra-estruturas para ser um ponto importante de controlo económico no oriente.



Ok, tudo o que existe em Singapura é criado, é artificial, não tem a beleza natural de outros países que visitei.. mesmo na praia ao longe se avistam ao longe os tanques de petróleo ou os grandes navios, que fazem dos portos de Singapura um dos maiores do mundo e a indústria de transformação (refinaria de petróleo) outro grande contributo para o seu PIB...


Mas mesmo o artificial tem a sua beleza... 


A montanha de edifícios causa-me uma estranha e boa sensação, algo que já não via desde que deixei Bangkok e mesmo assim esta é outra dimensão e organização....



Eu gostei bastante de Singapura, talvez pelas condições de luxo em que fui recebida, pela Anocas e pelos pequenos, por estar em família, até me conseguia imaginar a trabalhar aqui... afinal 30 ºC todos o ano, vida de expat.... ok acorda... volta à realidade e ao mundo...ok ok, mas não me vou esquecer da particulariedade de me voltar a sentar num WC, coisa que não fazia à mais de 1 mês....k luxo!!!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Chiang Rai

Para começar o dia, preciso de nova renovação do visto, quando entramos por terra na Tailândia apenas nos são concedidos 15 dias, em vez dos 30 quando voamos... Ok, que fazer agora? Estou bem próximo da fronteira com o Myanmar,  portanto, saí da Tailândia entrei no Myanmar e a pessoa que me carimbou a entrada colocou logo a saída, tal correria de estrangeiros aquela fronteira, que já sabem para o que vamos. Assim Myanmar ganhou 10 dólares e eu um passeio de 5 min e mais 15 dias :D


Chiang Rai é das cidades mais a norte na Tailândia e será a última de visito antes de embarcar para um novo país.  

Mas que maneira de terminar, vislumbrei o templo mais bonito de toda a viagem (Wat Rong Khun), além de admirarmos toda a sua beleza, sentimos um bem estar e uma harmonia inebriante....


No entanto, é também um dos templos mais arrojados, porque contém as forças do mal no seu desafio constante ao nosso equilíbrio...




No seu interior, inacessível às fotos, temos ainda os grandes símbolos da cultura actual (Harry Potter, Michael Jackson,Star Wars, Elvis,etc), de frente para um Buda também ele de branco, como a luta entre o carnal e o divino....


Mas se  visitei o branco e divino, também visitei o terreno, e  o negro....


Inicialmente mais parecia um templo em castanho e preto, mas depois, começamos a entrar no mundo privado e artístico de Thawan Duchanee, um pintor, escultor, criativo que criou um mundo privado partilhado agora conosco, no seu museu BaanDam!!





sexta-feira, 12 de junho de 2015

Mae Hong Son

"Don't stop me now ('cause I'm having a good time)
Don't stop me now (yes I'm having a good time)

I don't want to stop at all... yeah!"

É isso aí Lucy!!! Lucy é a nossa scooter, que com 100 cc ou o que quer lá isso dizer, levou-nos dos 0 aos 1600 metros de altitude, com curva e contra curva...

Se para chegar a Pai passamos as penosas 762 curvas, desde Chiang Mai, para chegarmos a Mae Hong Son provenientes de Pai adicionamos mais de 1000!!!



Eu que já conduzi por 4 vezes na Tailândia, sou a mais experiente do grupo e dado ao minha longa experiência, vamos percorrer cerca de 250km por montanha e mais montanha e tenho direito tb a pendura, porque após 4 x já tou pró... Claro que os meus colegas é a 2ªx que conduzem... uns bebés nestas andanças... Mas não só chegamos são e salvos como alcançamos todos os objectivos, à velocidade que seguíamos não enjoamos e paramos sempre que queríamos, ou quando a Lucy mandava, mas apenas numa subida decidiu não andar mais.... fora isso teve um comportamento exemplar :D

Visitámos a gruta Lot, onde passáros, morcegos, peixes, conviem alegremente, tão alegre que foi o meu dia de sorte, abençoada por um passarito :S



Percorremos em canoa de bamboo, o interior da gruta, avistamos as formações rochosas e os vestígios de quem habitou esta gruta à muitos milhares de anos...



Num cenário envolvente, calmo, apenas com uma alterna de parafina, ok não conseguimos ver tão bem, as fotos ficaram uma miséria, mas o ambiente sobrepôs e a recordação na memória supera bastante o registo fotográfico :D


No dia seguinte, rumamos a uma ponte de bamboo, onde de um lado e outro temos campos, onde se preparam mais uma temporada do cultivo do arroz, no outro lado da ponte um templo budista...





Em Mae Hong Son concretamente passámos pouco tempo, mas o caminho foi a parte mais importante desta jornada, de 48h, com 4 motociclista todos muito experientes e cada nacionalidade e demonstrar as suas habilidades fora e dentro... Descobri tb que somos enganados, pois quer na Dinamarca, quer nos EUA as eleições caiêm a dias de semana, talvez ajudasse a elevar a percentagem de votos, que acha Sr Primeiro Ministro?!?!?


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Pai

Quando falei sobre visitar o norte ainda estava no Camboja, o conselho foi simples, PAI. Tens de ir a Pai...e como já estou a viajar a algum tempo e dou-me a alguns luxos, nada investiguei e decidir rumar a Pai.

Sai à noite na véspera, bebi meia dúzia de cervejas e quando acordei, quer a minha cabeça, quer o meu estômago, acusavam a noite...parece que não será um bom dia para me meter dentro de um autocarro e apesar de não gostar resolvi adiar a viagem para o dia seguinte...


Mal sabia eu que foi uma das decisões mais sábias que tive, pois a estrada para Pai demora 4 horas de Chaing Mai para fazer cerca de 150km e tem um slogan 762 curvas!!!

Sempre enjoei na curva contra curva e mesmo o dia de descanso, não me livrou de uma mal disposição e de amaldiçoar quem me deu o conselho.... Mas que raio!!! para quê fazer esta estrada??? Tem de estar o paraíso do outro lado, porque  isto é muita tortura!!

Quando cheguei ainda abananada e zonza com a cabeça de quem saiu de uma máquina de lavar, decidi juntar-me a um rapaz americano que tinha a certeza onde se alojar... Perguntei, posso seguir-te? e assim acabei no Circus Pai Lodge!!!



Uma escola de circo, com uma piscina fantástica para as várias montanhas...


Ok, tem a vista, tem a piscina, mas que tem mais Pai que vala a pena este esforço/tortura/massacre??

Tem além de cascatas, a ponte, "memorial bridge" construída pelos Japoneses na II guerra mundial.



Tem o Canyon, onde perguntei cadê a água? Depois de apenas visitar o Canyon de Somoto na Nicaragua e do Fish River Canyon na Namibia, para mim canyon é sinónimo de água, parece que não afinal!!!



Água só pelo rio que nomeia a pequena vila, mas afinal ainda não percebi o porquê do esforço, o que tem mais?!?!?


Tem a alma, tem a mudança de atitude, tem a calma, tem as lojas mais trendy que vi, tem um espírito artístico e uma vibração contagiante, na calma de ouvir jazz ou música ao vivo, ou experimentar os melhores sumos na juicy queen, ou comer a única e melhor comida vegetariana, as samosas do pequeno quiosque ao lado das melhores espetadas de frango... 


Se valeu a pena, valeu, quanto tempo conseguia ficar por aqui?? muito, mesmo muito, e agora o regresso??... só mesmo à boleia, nunca mais me meto numa carrinha fechada, no way!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Chiang Mai

A cidade universitária, onde se vive o espírito de festa e sonhos.... A grande aventura que será a nossa vida, entretanto vamos aproveitando o melhor que podemos...isso e a religião, o Budismo!!!


Bastantes templos para visitarmos, quer no centro quer fora da cidade, nas montanhas.... os monges disponibilizam-se para falar com os turistas, pela troca, de experiência no seu inglês e assim aprendi as 5 regras que os rulam: 


1.não fazer mal a nenhum ser vivo
2.não roubar
3.não ter relações sexuais (para a restante população respeitar o parceiro)
4.não mentir
5.não beber álcool
.. Aqui, o monge ainda com 22 anitos olhou para mim, como que a antecipar o que iria responder: concordo plenamente com todas, a última é a mais complicada :S


Já tinha visto por diversas vezes esta imagem e para mim representava o Buda, mas afinal é apenas um monge... Um monge que de tão bonito, levou um homem a querer casar consigo e torná-lo sua esposa, caindo assim em tentação... por isso, este monge decidiu transformar-se: engordar, perdendo a sua beleza... compreendo perfeitamente, daí nunca conseguir terminar uma dieta, apenas para um bem maior!!!


No topo da montanha visitei um templo onde também podemos fazer retiros espirituais, estive tentada a fazer um, mas tenho de analisar melhor, afinal uma das regras é não ingerir alimentais sólidos após as 12h...




Para fazer esta visita aluguei uma scooter e assim consegui alargar a minha visita, além do templo rumei para o cim da montanha para visitar uma das comunidades, que foge assim ao calor insuportável deste período do ano..



Por outro lado, restringe o seu contato com o exterior ao minímo e indispensável... Recordo-me das aldeias em Portugal, a diferença é que aqui estão na escola cerca de 200 alunos... e os habitantes apesar de poucos, sai quase 1 milhar...


Gosto de apreciar estas aldeias, através dos miúdos, na sua sinceridade mostram-nos um pouco do ambiente que se vive na aldeia e aqui como numa comunidade minoritária no Camboja, estavam-se nas tintas para mim...


Juntei-me no recreio, mas nem por isso me ligaram patavina ou se importaram com a minha presença... e assim como que camuflada continuei o meu passeio...